Em todo o mundo, os benefícios sociais, econômicos e ambientais da bicicleta tem estimulado o desenvolvimento de projetos que oferecem infraestrutura para acolher a bicicleta no contexto urbano. O principal motivo e necessidade dessa intervenção é aumentar a segurança das pessoas que usam, ou podem vir a usar, a bicicleta como meio de transporte. Contudo, remodelar as cidades para incorporar a bicicleta no dia-a-dia dos seus cidadãos requer planejamento, tempo e dinheiro.
Os acertos dos outros
Os acertos dos outros
A experiência coletiva de outras cidades que estão no mesmo caminho revela que alguns fatores são essenciais para o sucesso de um sistema cicloviário: ele deve ser seguro, confortável, atrativo, eficiente e contínuo. Mas como garantir isso? No Brasil, para vencer a barreira inicial da ausência quase que completa de estrutura urbana, o desafio é criar planos cicloviários que maximizem a extensão total de ciclovias construídas, considerando a heterogeneidade dos ambientes urbanos. Uma possibilidade nesse sentido é adotar soluções que minimizem o custo de implementação por quilômetro em trechos do sistema.
Algumas cidades dos EUA estão obtendo resultados ótimos com a implementação das chamadas Bicycle Boulevards. Uma bicycle boulevard é uma via com alta prioridade para bicicleta, embora não exclusiva. Graças à instalação de estruturas simples e baratas, a velocidade e fluxo de carros das vias são diminuídos, garantindo segurança e conforto para pedalar, longe do risco de acidentes e dos canos poluentes.
As bicycle boulevards são muito bem sinalizadas, com atenção especial dedicada aos cruzamentos com vias onde os carros tem prioridade. Em Portland, existe um cruzamento onde há um semáforo especial para os ciclistas atravessarem. Basta chegar, apertar um botão e esperar... todos os carros então param e o ciclista atravessa em segurança. Essas medidas não são complexas e garantem segurança e fluidez, ingredientes essenciais para que a escolha da bicicleta como meio de transporte seja, além de prazerosa e sustentável, eficiente e rápida.
Veja outras cidades dos EUA com bicycle boulevards: NY | Berkeley | Minneapolis | Long Beach
E no Brasil?
O contexto nacional reflete uma maior preocupação em melhorar as condições urbanas para quem quer pedalar, mas o panorama geral é de não haver planejamento algum para as cidades. Quando este existe, a implementação é muito lenta e fragmentada, o que compromete drasticamente o funcionamento do sistema. É preciso reverter essa situação de inércia. A bicicleta não é um luxo, mas solução.
As ciclovias, por serem separadas fisicamente do tráfego de carros, conferem segurança aos ciclistas. Contudo, por custar mais recursos e tempo, em uma fase inicial elas podem ser priorizadas para trechos críticos onde a velocidade dos automóveis é incompatível com a segurança de quem pedala.
Por sua vez, as bicycle boulevards versão tabajara podem ajudar na implementação de sistemas cicloviários no país porque conciliam baixo custo com os requisitos necessários para permitir que o ciclista tenha segurança e conforto enquanto pedala. As medidas para diminuir a velocidade e fluxo de automóveis são variadas e podem minimizar o custo de implementação em vias que permitam fazer essa intervenção.
Como a coisa é nova por aqui, precisamos caprichar bem na sinalização vertical e horizontal para definir o espaço prioritário dos ciclistas, que basicamente consistiria em uma ciclofaixa localizada em uma via onde a convivência com carros seria amenizada por intervenções planejadas.
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Algumas cidades dos EUA estão obtendo resultados ótimos com a implementação das chamadas Bicycle Boulevards. Uma bicycle boulevard é uma via com alta prioridade para bicicleta, embora não exclusiva. Graças à instalação de estruturas simples e baratas, a velocidade e fluxo de carros das vias são diminuídos, garantindo segurança e conforto para pedalar, longe do risco de acidentes e dos canos poluentes.
As bicycle boulevards são muito bem sinalizadas, com atenção especial dedicada aos cruzamentos com vias onde os carros tem prioridade. Em Portland, existe um cruzamento onde há um semáforo especial para os ciclistas atravessarem. Basta chegar, apertar um botão e esperar... todos os carros então param e o ciclista atravessa em segurança. Essas medidas não são complexas e garantem segurança e fluidez, ingredientes essenciais para que a escolha da bicicleta como meio de transporte seja, além de prazerosa e sustentável, eficiente e rápida.
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E no Brasil?
O contexto nacional reflete uma maior preocupação em melhorar as condições urbanas para quem quer pedalar, mas o panorama geral é de não haver planejamento algum para as cidades. Quando este existe, a implementação é muito lenta e fragmentada, o que compromete drasticamente o funcionamento do sistema. É preciso reverter essa situação de inércia. A bicicleta não é um luxo, mas solução.
As ciclovias, por serem separadas fisicamente do tráfego de carros, conferem segurança aos ciclistas. Contudo, por custar mais recursos e tempo, em uma fase inicial elas podem ser priorizadas para trechos críticos onde a velocidade dos automóveis é incompatível com a segurança de quem pedala.
Por sua vez, as bicycle boulevards versão tabajara podem ajudar na implementação de sistemas cicloviários no país porque conciliam baixo custo com os requisitos necessários para permitir que o ciclista tenha segurança e conforto enquanto pedala. As medidas para diminuir a velocidade e fluxo de automóveis são variadas e podem minimizar o custo de implementação em vias que permitam fazer essa intervenção.
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Um comentário:
Eu acho muito interessante o conceito de bicycle boulevard.
Esse informação tem que ser repassada para gestores municipais. Eles provavelmente desconhecem isso. É econômico e, acredito eu, muito altamente compatível com o Brasil!!
Emmanuel,
Blog Vitória Sustentável,
http://manouchk.blogspot.com
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